A Secretária de Estado Adjunta e da Educação Alexandra Leitão deslocou-se esta manhã, dia 21 de outubro, à Escola EB 23/S de José Relvas para visitar as instalações e conhecer ao ‘vivo e a cores’ as muitas deficiências existentes na escola.
Numa visita onde estiveram reunidos, para além da Secretária de Estado, o Delegado Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo – Francisco Neves, a diretora do Agrupamento de Escolas de José Relvas – Isabel Silva, o Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça – Mário Pereira, o Presidente da Associação de Pais do Agrupamento – Manuel Delfina e o Presidente do Conselho Geral do Agrupamento – João Paulo Dinis, houve sobretudo a necessidade de expor as preocupações de pais, alunos, docentes e funcionários da escola.
A diretora Isabel Silva fez questão de enumerar as várias falhas a nível infraestrutural de que a escola carece como as infiltrações, que acabam por danificar equipamentos eletrónicos, a falta de estores em algumas salas, as casas de banho onde a degradação das instalações não assegura a privacidade dos alunos entre outras falhas físicas que comprometem o bom funcionamento da escola e deixou um apelo a Alexandra Leitão para que a Escola de José Relvas fosse contemplada com verbas que permitissem uma renovação das instalações.

Mas foi o presidente da Associação de Pais Manuel Delfina quem deixou um aviso sério à Secretária de Estado chegando mesmo a manifestar o descontentamento dos pais e encarregados de educação proferindo:
Ao longo do tempo temos sido pais pacíficos na esperança de que a nossa escola sofresse uma intervenção profunda, tal como aconteceu na quase totalidade das escolas do país. Não é justo para os nossos filhos, para os professores e para os assistentes operacionais, estarem privados de usufruir das condições que a hegemonia das escolas tem. Senhora Secretária de Estado, conforme teve oportunidade de constatar sobre a necessidade urgente de intervenção que a nossa escola padece, pedimos encarecidamente que já hoje, ou dentro de pouco tempo, assuma com toda a comunidade escolar de Alpiarça o compromisso de que a nossa escola não ficará fora da recuperação efetuada na rede escolar. Se tal não acontecer, também dentro de muito pouco tempo todo o país irá certamente ouvir falar dos pais pacíficos de Alpiarça.

Alexandra Leitão não pôde ignorar os pedidos ali feitos mas fez questão de deixar claro que o Agrupamento de José Relvas não se encontra contemplado na lista de escolas a serem remodeladas e teceu críticas ao anterior executivo do PSD quanto à má gestão de verbas no que diz respeito à sua divisão por instituições escolares públicas: “Eu prefiro gastar seis, mais seis, mais seis milhões do que gastar 24 milhões numa única escola. Esse, para mim, foi o grande problema.”
No entanto, Alexandra Leitão lembra que o Agrupamento de Escolas do município tem ao seu dispor verbas de fundos comunitários [Portugal 2020] aos quais poderá concorrer logo que sejam iniciados os procedimentos concursais, referindo-se à verba disponível para este tipo de apoio como “simpática, que permite fazer obras de profundidade na escola”.