Violência na escola – Empurrão atira auxiliar para hospital

No passado dia 16 de janeiro um aluno, do Agrupamento de escolas José Relvas, empurrou uma assistente operacional que teve necessidade de ser observada no hospital e ficou mesmo de baixa.

Diz a Escola que “como é do conhecimento de toda a comunidade educativa o aluno em causa é um aluno com Necessidades Educativas Especiais. Uma agressão é um ato em que um individuo prejudica ou lesa outro(s) intencionalmente, ou seja, de propósito, o que não foi o que sucedeu dada a situação clínica deste jovem”.

A diretora do Agrupamento Isabel Silva, em resposta por escrito a alguns pedidos de esclarecimento de O Alpiarcense, sublinha que “o aluno em causa frequenta a Unidade de Ensino Estruturado da escola sede e sofre de Espectro do Autismo. O seu diagnóstico médico refere que o jovem tem problemas de atraso na linguagem, agitação motora, contacto visual pobre e déficit de interação social. Segundo os médicos, devido à sua problemática, o menino não está a conseguir gerir o processo normal da sua adolescência”.

O Agrupamento de Alpiarça tem em funcionamento “duas Unidades de Ensino Estruturado e uma Unidade de Multideficiência e orgulhamo-nos de podermos dar resposta a várias problemáticas, que infelizmente, algumas crianças têm e de sermos «Uma Escola Inclusiva», onde todos têm direito a estar. Para tal, temos um conjunto de recursos, de docentes e técnicos especializados, bem como assistentes operacionais com uma larga experiência nesta função e com vocação para as funções que desempenham. É o caso desta funcionária que adora trabalhar com estas crianças e jovens. É óbvio que aqui e em todas as instituições do mundo onde existam crianças e jovens com estas caraterísticas há sempre a possibilidade de algo correr menos bem, quer com os funcionários, quer com os docentes ou entre colegas, mas isso pode acontecer aqui e em todo o lado. Claro, que lamento o que aconteceu. Mas, lamento igualmente a pobreza de espirito de quem vai para um jornal prestar uma informação desta natureza. Isto sim, acho uma agressão e uma falta de respeito para com as crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais, com as suas famílias e com todos aqueles que, todos os dias, nas escolas, fazem os possíveis e os impossíveis para que estas crianças tenham os mesmos direitos e as mesmas igualdades, porque o lugar delas é na Escola”, concluem.