Os impostos não são só arrecadação de dinheiro. São também sinais políticos, ou de políticas.
A nova configuração do empréstimo, que a Câmara de Alpiarça viu aprovada na última Reunião de Câmara (19/11/2018), carecia de um sinal para os munícipes, por ligeiro que fosse, correspondente ao também ligeiro desafogo financeiro.
Creio ter sido este o pensamento da Câmara ao submeter à aprovação, a redução do IMI em 0,01%.
Para nós, não bastava reduzir, por muito pouco que fosse, mas sobretudo, onde fazer a redução. O tal sinal político, ou de políticas, devia ter sido outro, tal como preconizámos. Ou devia ter sido mais outro.
O IMI familiar, existe para beneficiar os jovens casais com filhos. A redução do IMI em 20, 40 ou 70 euros, conforme tenham 1, 2, 3 ou mais filhos, seria somente um sinal de que Alpiarça privilegia, como pode, os jovens casais que se fixam em casas de maior valor tributável.
A população mais idosa, reside em vetustas habitações de baixo valor tributável.
Mas não, o que foi sentido na Reunião de Câmara foi que, para o executivo camarário, a inversão da tendência demográfica é irrelevante.
Numa perspectiva partidária, está certo: a população mais idosa oferece mais garantias de manutenção da actual estrutura partidária, do que gente vinda de fora. Talvez seja aqui que reside mais uma diferença entre nós e a ideologia do partido que governa Alpiarça. Tanto para nós como para o Executivo camarário, era importante dar o sinal. A diferença está nos alvos.
Armindo Batata
Deputado Municipal – Muda Alpiarça (PSD / CDS / MPT)