Durante a reunião de Câmara do passado dia 30 de outubro, o presidente da autarquia de Alpiarça, Mário Pereira, informou que a região que compreende a Lezíria e Vale do Tejo ficou fora do Programa Nacional de Investimentos – PNI 20/30 apresentado pelo governo de António Costa.
Alpiarça junta-se, assim, às vozes discordantes dos outros municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal, tendo a Comunidade já solicitado ao Ministro das Infraestruturas e das Obras Públicas, Pedro Nuno Santos, uma reunião que terá lugar no mês de novembro com a finalidade de se voltar a incluir a região no PNI.
Em causa estão investimentos como o da Linha do Norte ( Ferroviário) com a variante de Santarém , as travessias do Tejo quer no Vale do Sorraia como a intervenção na Ponte D. Amélia mas o que mais afeta Alpiarça é a não conclusão do troço do IC3/A13 que ligaria Almeirim – Alpiarça – Chamusca -Vila Nova da Barquinha. Este troço evitaria a circulação pela EN118, que atravessa a vila, de pesados com cargas de resíduos perigosos cujo destino é o Ecoparque do Relvão onde, desde 2008, se situam os dois únicos Centros de Recuperação Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos do país (CIRVER). O presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, afirmou em declarações aos orgãos de comunicação social que este troço do IC3/A13 era uma contrapartida aquando da construção do Ecoparque do Relvão na Carregueira.
Mário Pereira considera fundamental a inclusão destes investimentos no PNI, não só pela melhoria da qualidade de vida das populações diretamente afetadas mas também pelo impacto que terá a nível nacional. Disse o autarca que “é um “desperdício o não aproveitamento desta via (IC3/A13) que não tem impacto nacional por falta deste troço”. São cerca de 30 Km, um custo caro devido à necessidade de se construir uma ponte e um viaduto, mas é necessário porque é uma ligação a Setúbal e tem impacto, por exemplo, na Zona Industrial de Alpiarça. – disse ainda Mário Pereira, referindo ainda a retirada de trânsito de pesados da vila, e muito particularmente, do transporte de mercadorias perigosas.
Sónia Sanfona, vereadora pelo PS, referiu a importância da concretização destes investimentos, sobretudo para o Concelho, e que é necessária a sua reanálise, partilhando da mesma posição do presidente.