Investimento curto, quebras de receitas provenientes das atividades do município, dificuldades de tesouraria e falta de liquidez, obsessão pelo pagamento da dívida e o não cumprimento do programa eleitoral são, para a bancada da oposição, os responsáveis pelo estado de degradação que o concelho tem vindo a sofrer. Joaquim Rosa do Céu, deputado da bancada socialista, referiu que o mapa de investimento é elucidativo do estado de desinvestimento no concelho e apontou os dados do decréscimo de investimento que no mapa aparece referenciado em comparação com os dados de 2009 e 2017: em 2009 o município gastava por habitante/km2 359€ e , oito anos, depois desceu para 269€.
No período das respostas, João Osório, deputado da CDU, referiu que a dificuldade de tesouraria limita o cumprimento do programa eleitoral e que ” a autarquia não tem nenhuma obsessão pelo pagamento da dívida; é uma tarefa histórica a da recuperação financeira do município que não é uma opção nossa mas foi o que nos calhou ” – e acrescentou que ” o pagamento da dívida permite uma capacidade de negociar com os bancos e o investimento nas pessoas existe.” O vereador João Arraiolos referiu que foi possível baixar a dívida em 5 milhões de euros, numa média de 2000 euros por dia, com um plano de atividades em várias áreas, permitindo até a intervenção mais alargada do município, como no caso das refeições e transportes escolares. Relativamente ao Plano de Saneamento Financeiro, o vereador referiu que a autarquia tem feito “um enorme esforço para cumprir o plano de saneamento, conseguindo que as dívidas a longo e médio prazo baixassem 307 mil euros que corresponde a uma baixa do endividamento total no valor de 729 mil euros.”