Obras no Mercado Municipal: Prorrogado prazo por mais 60 dias

Foi aprovada por maioria, com os votos contra da vereação da oposição, a prorrogação do prazo da empreitada de reabilitação e adaptação do Mercado Municipal por mais 60 dias.

Na sexta-feira, dia 13 de dezembro, terminava o prazo para a conclusão das obras mas o empreiteiro, no passado mês de novembro, entregou um pedido de prorrogação graciosa de 90 dias. O executivo discutiu na reunião de Câmara da passada sexta-feira, dia 13 de dezembro, uma proposta de prorrogação, não dos 90 dias pedidos pelo empreiteiro mas de 60 dias, por considerar que alguns dos argumentos enumerados no documento são válidos e que justificam o atraso.

Referiu o vereador Carlos Jorge que o maior atraso se verificou na fase do arranque da obra, devido à dificuldade na contratação de pessoal, e durante o mês do novembro que, devido à chuva que caiu, tornou impossível a colocação da cobertura sem a qual os trabalhos não podiam prosseguir. Disse ainda que inicialmente houve alguns contratempos com a desocupação de algumas lojas e foi preciso notificar os lojistas antes da câmara assumir o despejo das mesmas. Foram ainda realizados trabalhos que não estavam previstos, referentes a segurança, como por exemplo, combate a incêndios e isolamento de entrada de água. Salientou ainda que o facto de haver lojas em funcionamento, dificultou os trabalhos. Contudo, o presidente da autarquia, Mário Pereira, esclareceu que um dos argumentos alegado pelo empreiteiro, referente à eletricidade no local, não se justifica, assim como não entende porque razão não pediu inicialmente a extensão do prazo.

Os ânimos exaltaram-se durante a discussão da proposta do ponto 5 da Ordem dos Trabalhos quando o vereador António Moreira referiu que “não estava surpreendido com a prorrogação do prazo” e que a “obra foi mal gerida pela câmara”, tendo mesmo referido que por várias ocasiões já tinha deixado expresso que o tempo definido por contrato para a conclusão da obra era curto.

Mário Pereira recusa as acusações de mau planeamento e referiu que nessa altura “as obras não derrapavam só dois ou três meses mas anos”, como as obras da Biblioteca Municipal ou da pista de atletismo, e os pagamentos “também deslizavam” à custa dos milhares que custaram os processos judiciais. Disse o presidente que quer evitar estas situações para as gerações futuras de autarcas. O vereador Moreira espera que a 13 de fevereiro estejam concluídas as obras, embora duvide.

Durante a reunião, a engenheira da câmara, Carla Cunha, deu as explicações necessárias relativas ao seu parecer sobre a prorrogação de 60 dias.

A proposta segue agora para a próxima reunião da Assembleia Municipal que terá lugar no próximo dia 20.