Diogo Carapinha ganhou recentemente o FestFado do Alto Alentejo, em Ponte de Sor. Desde os oito anos que tem ligação com a música, através da Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro, onde começou por tocar saxofone. Hoje é enfermeiro, fadista nos tempos livres e ainda arranja um tempo para ser solista na Scalabituna.
Primeiro de tudo, como é que nasceu esta paixão pelo fado e pela música?
Posso começar por dizer que a paixão pela música surgiu por volta dos 10 anos, quando comecei a ter aulas de música no ensino básico. Ao longo dos anos, o gosto foi aumentando. O fado esteve sempre presente na minha vida e o responsável por isso é o meu pai. Sempre que andava de carro com ele, ele punha um CD de fado a tocar e começava a cantarolar. Posso dizer que foi ele que me pegou este “bichinho” pelo fado.
Como é que se sente ao ganhar um concurso de talentos desta área musical?
Sinceramente, não estava à espera de ganhar a final da 2ª Edição do Festfado Alto Alentejo. Os outros concorrentes eram muito bons e tiveram prestações excelentes. Posso dizer que me sinto muito feliz e realizado, não só por ter saído vitorioso desta grande final, mas também por ter representado o Ribatejo no Alentejo com um fado dos nossos.
Qual é a sua formação musical? Toca algum instrumento?
A minha formação musical iniciou-se há cerca de oito anos na Sociedade Filarmónica Alpiarcense 1º de Dezembro, onde comecei por ter formação musical e iniciação ao Saxofone Alto. Pouco tempo depois, entrei para o Coro da SFA onde dei os meus primeiros passos no canto. Atualmente, toco flauta transversal na banda.
Já participou em alguma banda?
Nunca participei numa banda, mas participo atualmente na Scalabituna, a tuna do Instituto Politécnico de Santarém. Aqui, aprendi coisas que não se aprendem noutros lugares e, o mais importante, a colocar os meus sentimentos na voz.
Para além de fadista também é enfermeiro. Como é que concilia as duas coisas?
Os meus pais sempre me disseram, “quem corre por gosto não cansa”.
Atualmente, uma das competências que o Enfermeiro deve ter é a boa gestão do tempo. E se calhar, por isto mesmo, é que afirmo que não é difícil de conciliar ambas as coisas, tenho tempo para tudo.
Qual é a expectativa em relação ao seu futuro no mundo da música?
Um passo de cada vez. Gosto de ter os pés bem assentes na terra e não criar expectativas muito grandes ou muito baixas. Primeiro quero gravar o CD e depois logo se vê. Aquilo que estiver reservado para mim, acabará um dia por cá chegar.
No futuro próximo pensa participar em mais concursos deste tipo?
Porque não? São concursos onde conhecemos pessoas novas, aprendemos uns com os outros e, o mais importante de tudo, onde se canta e vive o fado.
Quando é que podemos vê-lo a cantar?
Para já, a solo, não tenho nada. Mas com certeza que me irão encontrar pelo país fora a cantar e tocar com a Scalabituna.