Ministra da Agricultura visitou a Lagoalva em Alpiarça

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento, Nuno Russo, estiveram de visita à Quinta da Lagoalva durante a manhã da passada quarta-feira, 26 de agosto

Esta visita faz parte de um périplo pelos concelhos do Cartaxo e de Alpiarça em que o governo, aproveitando as vindimas, se inteirou sobre as medidas de crise para o setor do vinho lançadas recentemente pelo Ministério da Agricultura, visando garantir melhores condições de estabilização e retoma socioeconómicas.
Recorde-se que, tendo em conta os impactos derivados do contexto marcado pela pandemia Covid-19, o Ministério da Agricultura definiu um pacote de medidas de crise para apoio ao setor dos vinhos, no valor de 18 milhões de euros. Deste valor, 12 milhões de euros destinaram-se à destilação de vinho e 6 milhões de euros para o armazenamento.

Maria do Céu Antunes referiu que «foi fundamental dar resposta às necessidades do setor, operacionalizando, com celeridade e em diálogo permanente, os mecanismos de apoio previstos, permitindo aos operadores planear a vindima e gerir adequadamente os seus stocks. Isto tendo sempre em vista garantir apoio a um regresso gradual a uma situação normal de mercado». 

Com Portugal a ocupar, em 2019, o 9º lugar do ranking dos maiores exportadores mundiais de vinho com um volume total de exportações na ordem dos 820 milhões de euros e com um crescimento, na última década, de mais de 20 milhões de euros ao ano, a ministra referiu que “é preciso continuar esta tendência de crescimento e reforçar a posição de Portugal como um dos maios importantes produtores e exportadores mundiais de vinho».
A região do Tejo continua em crescimento, quer em valor quer em volume de vinho certificado. Produz cerca de 60 milhões de litros de vinho por ano e passou a certificar em 2019, 20 milhões de litros, contra os 13 milhões de há dois anos, tendo já certificado 15 milhões de litros, entre janeiro e final de junho deste ano.
Também nas exportações cresceu neste primeiro semestre, relativamente ao período homologo do ano passado com um crescimento superior a 30%. O Brasil é o seu primeiro mercado de exportação, mostrando excelentes resultados em 2020. Só no primeiro semestre de 2020 a região do Tejo exportou para o Brasil a mesma quantidade de vinho que havia exportado em todo o ano anterior, devido em grande parte ao incremento das vendas online neste país.

Em relação à medida de armazenamento aderiram 285 produtos, com destaque, para além do Douro (732 mil euros), do Alentejo (538 mil euros), Lisboa (234 mil euros), Beira Atlântico (202 mil euros), Tejo (198 mil euros) e Dão (190 mil euros).
De referir ainda que houve 36 candidaturas de produtores de espumante à medida de armazenamento, o que representa o armazenamento de 26.189 hectolitros e o apoio de 201.687 mil euros.
Relativamente à vindima em curso prevê-se não haver oscilações relativamente ao ano passado, tendo os produtores afirmado ser um ano de excelente qualidade.