Fica hoje para a história a primeira reunião presencial do executivo alpiarcense na era do Covid-19.
O desconfinamento nacional permitiu que hoje, dia 28 de maio, a reunião de câmara quinzenal não se efetuasse por videoconferência, mas no seu local habitual, o auditório nos Paços do Concelho, com todas as medidas de distanciamento e os protocolos de proteção e desinfeção pessoal.
Fica também para memória futura uma ordem de trabalhos com apenas quatro pontos, embora se mantivessem as três horas de duração.
Com os pontos a serem aprovados por unanimidade, em foco na reunião de hoje a situação pandémica no concelho.
Foi aprovada por unanimidade a medida de se manter a isenção de pagamento de rendas ao município durante mais 60 dias. Mas com uma alteração: esta isenção só será atribuída aos inquilinos que sofreram uma quebra no seu rendimento devido ao COVID-19 e será avaliada de dois em dois meses .
Esta medida surge numa combinação de duas propostas, uma do presidente que propunha uma isenção por mais 60 dias e outra apresentada pela oposição PS, e que fazia parte de um conjunto de medidas de apoio à atividade económica, que propunha a manutenção da isenção, limitada aos rendimentos auferidos, e com duração até ao final do ano.
O executivo revelou que estes dois meses de isenções custaram aos cofres do município, onze mil euros. Sónia Sanfona referiu que o esforço do município tem de ser dirigido a quem realmente viu os seus rendimentos ficarem reduzidos devido às medidas de lay-off ou a quem perdeu o emprego, uma vez que as contribuições sociais não foram reduzidas.
Ainda no pacote de medidas propostas pelos vereadores Sónia Sanfona e António Moreira surge a referência a um pequeno plano de marketing criado pelos serviços e estruturas do município, que permitisse divulgar a retoma da atividade das empresas, até nos orgãos de comunicação social local e regional.
Para Sónia Sanfona, as empresas fizeram um enorme esforço, sobretudo, a área da restauração, para alterar a sua forma de funcionamento, comprar equipamento de proteção e considerou que alguns vão ter dificuldades em sobreviver mantendo apenas um terço de ocupação com todos os trabalhadores. “Apesar da política de incentivos, tem de ser a autarquia a dar o sinal que estão cá para ajudar” – disse a vereadora. Referiu ainda a necessidade de se recorrer à publicidade e até salientou a vantagem de os comerciantes se associarem a movimentos, mesmo fora do concelho, que lhes proporcione vantagens de divulgação de produtos ou de atividade.
O vereador Carlos Jorge Pereira referiu que se estão a fazer vídeos promocionais sobre várias atividades no concelho e que o executivo já teve uma reunião com a Associação de Comerciantes do distrito mas a verba que seria destinada para a venda online proposta pela associação, será canalizada para publicidade.