Este foi mais um dia de protestos, a nível nacional, em defesa do ensino que contou com adesão de pessoal docente e não docente no concelho de Alpiarça.
Os professores do Agrupamento de Escolas José Relvas marcharam desde a EB1/JI de Alpiarça até ao centro da vila em defesa da escola pública. As escolas EB1/J I de Alpiarça e EB1 do Frade de Baixo tiverem 100% de adesão.
Sem fim à vista, a classe reivindica a revisão dos regimes de contratação, a recuperação do tempo de serviço e a atualização das carreiras. Para o presidente do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação – S.TO.P., os profissionais de educação não só exigem melhores condições de trabalho dos docentes, mas também melhores condições de aprendizagem para os alunos”. O fim das cotas para alcançar o topo de carreira, a contagem do tempo de serviço, a aposentação e as condições de trabalho dos professores são outras das reivindicações.
De acordo com os sindicados – S.T.O.P e Fenprof, ( em articulação com outros sete sindicatos) esta luta poderá prolongar-se durante o mês de fevereiro se não forem reunidas as condições necessárias para a negociação com o governo.
Um conflito de direitos constitucionais – o direito à greve e o direito à educação que já levaram o governo a pedir esclarecimentos sobre questões de legalidade à Procuradoria Geral da República.
Quem cuida dos filhos nos períodos de ausência na escola, como recuperam os alunos as matérias, a dignidade do ensino em Portugal e o ensino que queremos para os nossos filhos são os pesos da balança que decidem agora a educação desta e das futuras gerações.
Mobilizações
O S.TO.P. está em greve por tempo indeterminado e amanhã, dia 14 volta a sair à rua para uma marcha pela escola pública. Já há pré-avisos de greve até ao final deste mês, que alargou também aos trabalhadores não-docentes.
A Fenprof, acampada em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, retoma as greves ao sobretrabalho e às horas extraordinárias e convocou, juntamente com outros sete sindicatos ASPL, PRÓ ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, uma greve de 18 dias – entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro – em cada um dos 18 distritos.
O Sindicato Independente dos Professores e Educadores – SIPE convocou uma greve parcial com uma paralisação que começou no dia 3, registada no primeiro tempo de aulas de cada docente.