Fundação José Relvas cumpre normas da DGS para isolamento

O isolamento profilático do octogenário, utente do Lar da Fundação José Relvas, é legal e é recomendado de acordo com as normas da Direção-Geral de Saúde e, a forma como está a ser cumprida afinal é a indicada para este caso.

No passado dia 11 de janeiro um utente da Fundação deslocou-se a uma consulta externa no Hospital Distrital de Santarém. De acordo com o protocolo, no regresso o utente teria de efetuar um isolamento, durante 14 dias (termina neste domingo), como forma de prevenção, já que esteve em contacto com o exterior. Segundo declarações de Marisa Fatana, diretora técnica da ERPI, à nossa redação, este é o procedimento normal para as saídas dos utentes e que não é o único caso em isolamento profilático. A instituição, sem casos COVID, alberga cerca de 85 utentes com idades muito avançadas e alguns com patologias oncológicas e “todo o cuidado é pouco”-disse.

No Plano de Contingência da Instituição, aprovado pelas entidades de Saúde, Proteção Civil e da Segurança Social, os espaços destinados a isolamento já estavam bem delineados – um quarto, a capela e o ginásio. Estes espaços foram remodelados para acolher utentes, caso fosse necessário – referiu Marisa Fatana. Com uma patologia associada a demência progressiva, o utente em causa tem por hábito “fugir” da instituição. Inclusive, no ano passado e na primeira vaga da pandemia, já tinha saído do Lar, ficou em contacto com um familiar com COVID e foi colocado em isolamento.

Relatou a diretora que inicialmente estava confinado no quarto mas aparecia no quarto dos outros utentes e na sala. Como a área da capela é maior, e o utente gosta de deambular, foi lá colocado. Este espaço tem duas camas e uma casa de banho privativa. Está aquecido de dia e noite mas por segurança ficou fechado com chave para não sair. “Mas não está esquecido” – referiu a diretora – ” além de estar numa ala com mais utentes isolados, tem frequentemente a entrada de funcionários que lhe dão de comer, da equipa de profissionais de saúde e de apoio á higiene pessoal. Esta é uma ala com acessos que evitam o contacto com as outras áreas de circulação. Também tem consigo um telemóvel e a família pode ligar. O apoio das famílias tem sido fundamental neste processo para animar os seus familiares, com uma simples chamada. Embora, na maior parte dos casos, os utentes compreendam a situação, outros, com problemas cognitivos, já têm muita dificuldade em perceber o que se passa. E vale aqui o esforço de todos. O meu reconhecimento aos funcionários desta casa que trabalham 7 dias por semana, as horas que forem precisas, mesmo em detrimento das suas próprias famílias, para dar estabilidade física e mental a estes idosos que também são a nossa família”.

Relativamente à vacinação COVID que decorreu no passado dia 13, Marisa Fatana referiu que todos, funcionários e utentes foram vacinados, à excepção de uma pessoa que não quis.