No passado dia 24 de setembro, o Auditório da Casa dos Patudos foi o cenário para a reunião da Assembleia Geral da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e do Ribatejo (ERTAR) para aprovação do Mapa de Pessoal e do Plano de atividades e Orçamento para o ano de 2019. Estiveram presentes Luís Pita Ameixa, presidente da Assembleia Municipal, António Ceia da Silva, presidente da ERTAR e Mário Pereira, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça e secretário da Assembleia Geral.
Com um primeiro ministro a declarar esta quinta-feira, 27 de Setembro, na abertura da IV Cimeira do Turismo Português, que “não há turistas a mais em Portugal” e que é preciso “aumentar a intensidade do Turismo”, de forma a “atingir a média europeia e chegar a 10%” do PIB, Ceia da Silva, presidente do Conselho de administração da ERTAR, mostra-se satisfeito com o desempenho da região de Turismo que lidera. Como já referira, durante a Inauguração da ALPIAGRA, no início deste mês, as quebras do turismo algarvio foram compensadas pela subida em 7% do turismo do Alentejo e Ribatejo. A sua aposta para o Ribatejo direciona-se agora para a concretização da certificação pela UNESCO de produtos como o Fandango, os Avieiros e das Salinas de Rio Maior. Para os alpiarcenses, o turismo podia ter mais sabor: o Patacão merecia atenção para a requalificação e revitalização da zona, ainda um testemunho da cultura avieira; o melão de Alpiarça devia ser certificado. Capacidade e potencialidades tem o concelho. E recentemente, a Reserva do Cavalo do Sorraia é o exemplo do que pode ser feito em termos de turismo ambiental. Outra aposta da Entidade do Turismo prende-se com a valorização do enoturismo. E mais uma vez Alpiarça tem propostas, melhor, propostas alargadas setorialmente, com a Quinta da Lagoalva a avançar com um Projeto de repercussões económicas nacionais de Valorização do Tejo com benefícios para a agricultura mas com enorme potencial para o turismo. Alpiarça tem visto algum investimento particular na área do alojamento – rural, de habitação, individual, parque de campismo e na criação de uma empresa ligada ao turismo. Presença do concelho em Rotas de Turismo, certificação de restaurantes locais para inclusão no Guia de Restaurantes Certificados do Ribatejo que vai ser apresentado no próximo Festival de Gastronomia de Santarém, a dinâmica cultural da Casa dos Patudos, da Biblioteca Municipal, a preservação da memória alpiarcense com a recolha e recuperação de documentação histórica e da cultura etnográfica, têm sido uma mais valia para o turismo do concelho. Alpiarça viu a requalificação do Jardim Municipal e aguarda o inicio da intervenção no Mercado. E este empenho por parte da autarquia tem o seu mérito. Mas falta o resto…
A Câmara Municipal de Alpiarça pagou mais de 12 mil euros por um Plano Estratégico de Valorização Turística que os deputados do Partido Socialista e do Muda Alpiarça têm questionado, quer em reunião de Câmara quer na Assembleia Municipal no caso do Muda Alpiarça, sobre o prazo de entrega do mesmo. Dificuldades financeiras foram apontadas como estando na origem do incumprimento dos prazos de pagamento. Como referiu o presidente da autarquia na Assembleia Municipal, “esta questão já foi ultrapassada”, então urge apresentar o plano que vai permitir estabelecer dinâmicas e redes de estratégias turísticas, captar investidores, alargar e melhorar acessos, recuperar edifícios e valorizar zonas históricas, apostar na divulgação articulada do património cultural (arqueológico, etnográfico, histórico), ambiental (a natureza e a agricultura), gastronómico e vinícola para que Alpiarça não se torne definitivamente um concelho de partidas.