Este foi o resultado do esclarecimento que as Águas do Ribatejo – AR prestaram à nossa redação após a captação no passado sábado de uma imagem que mostra a entrada de água incolor na Barragem proveniente da estação de tratamento.
Desde há vários anos que têm sido detetadas descargas de uma cor acastanhada na albufeira que já suscitaram debates acesos em várias reuniões de câmara e de assembleia municipal.
No esclarecimento a empresa AR refere que a água tratada pela ETA desde 2013 é de origem subterrânea, captada a partir de dois furos e está isenta de matéria orgânica, azoto e fósforo. No tratamento desta água procede-se à remoção de Manganês e de Arsénio. Neste processo, a ETA, ainda em fase de ampliação, obedece a um esquema de tratamento para produção de água para consumo humano com as seguintes etapas: pré-oxidação, coagulação/floculação, decantação, filtração, desinfeção final e recuperação de águas decantadas.
Em ensaios hidráulicos, resultam descargas de água limpa que, não estando desinfetada, não pode ser colocada nas redes de abastecimento para consumo humano.
No que respeita à eutrofização da albufeira dos Patudos, as Águas do Ribatejo esclarecem que “o estado em que a albufeira se encontra desde 1999, a ETA de Alpiarça em nada contribui uma vez que, nem a sua matéria prima (água subterrânea), nem os reagentes utilizados no seu tratamento contêm os elementos necessários à proliferação de algas e depleção de oxigénio nas águas (=eutrofização).”
