Depois do concelho de Alpiarça se encontrar isolado, no distrito de Santarém, relativamente ao número baixo de casos registados que não chegou aos dois dígitos durante muito tempo , eis que agora uma subida vertiginosa vai colocar o concelho com medidas mais apertadas.
Neste momento há 41 casos ativos no concelho, 47 recuperados e 4 óbitos. Uma das maiores empresas empregadoras do concelho, a Monliz, já tem um surto identificado, com 14 casos positivos, o que significa que a economia local vai ser afetada.
Um número que merece uma reflexão de toda a comunidade. Um período de Natal mais “aberto” no que se refere a medidas de contenção, as notícias do aparecimento das vacinas levam a que muitas das pessoas relaxem os seus comportamentos. Alguma argumentação pode ajudar a clarificar a situação que se vive:
- A DGS tinha referido que o contágio se verificava em ambiente familiar, pelo que se entende que, o Natal seria um foco natural de propagação do vírus. As medidas aprovadas para esta quadra destinavam-se apenas a servir como uma bolha de oxigénio ao comércio e à restauração. O Natal deveria ter sido apenas uma celebração do agregado familiar.
- O período da vacinação mais abrangente e que vai cumprir a tal imunidade de grupo, só chega lá para o final da primavera e princípio de verão. Nesta altura é que a população ativa, a que circula no dia a dia, vai ser vacinada. Até lá, a vacina só protege um grupo muito limitado de pessoas.
Compete a cada indivíduo ter consciência e ser responsável pelos seus atos. Cumprir regras de proteção individual e, acima de tudo, evite contacto físico. Guarde para mais tarde a expressão máxima dos seus afetos. Pela sua saúde, pela saúde de todos nós e pela economia já que é ela que mantém a sobrevivência das comunidades.