Alpiarça presta homenagem a José Relvas no 90º Aniversário da sua Morte

Decorrem na próxima quinta-feira, dia 31 de outubro, em Alpiarça, as cerimónias de Homenagem/Evocação do 90. º Aniversário da Morte de José Relvas.

Do programa fazem parte Visitas Guiadas gratuitas à Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça ao longo do dia; às 11h30 – Romagem ao Cemitério com deposição de coroa de flores no jazigo da Família Relvas e às 21h30, o Auditório da Casa dos Patudos apresenta o Concerto Musical com o Duo composto por António Eustáquio (Guitolão) e Carlos Barretto (Contrabaixo). A entrada é gratuita.

Às 22h e 10 m do dia 31 de outubro de 1929 morria na sua Casa dos Patudos, em Alpiarça, José Relvas.

A notícia fazia a primeira página do Diário de Lisboa do dia 1 de novembro: ” A morte deste homem, que em Portugal foi alguém, pelo espírito e pelo carácter, era esperada. Mas nem por isso o país a recebeu com menos sentimento, e a região onde José Relvas nasceu, viveu, lutou, amou e criou um nome, um sólido prestígio moral, a recebeu com menos profunda mágoa.”

Aos 71 anos, o político que proclamou a República, o ministro das Finanças, o agricultor, o colecionador de arte, o apaixonado pela música morre devido a uma infeção intestinal e renal. O seu corpo ficou em câmara ardente na Câmara Municipal de Alpiarça e, segundo a imprensa da época, “milhares de pessoas desfilaram” neste último adeus.

O ano de 1929 ficou marcado ainda pela morte de António José d’Almeida, presidente da República e jornalista, que ocorre um dia antes da morte de Relvas e o mundo preparava-se para uma crise económica motivada pelo “crash” da Bolsa de Nova Iorque. 1929 foi o início da Grande Depressão que durou até à II Guerra Mundial.

José Relvas dedicou a sua vida ao serviço do país, e particularmente de Alpiarça, tendo deixado em testamento (por sua determinação não pode ser publicado) o seu principal legado – A Casa e o Museu, à Câmara Municipal de Alpiarça que nesta quinta-feira, dia 31, assinala a data da sua morte.