Assembleia Municipal: deputado do PS abandona reunião em protesto contra “má interpretação da democracia”

Joaquim Rosa do Céu abandonou a reunião da Assembleia Municipal que decorreu ontem, dia 30 de julho, durante a discussão do ponto 4 da Ordem de Trabalhos.

“Má interpretação da democracia”, ” falta de respeito pela opinião dos outros” foram os argumentos que levaram o deputado da bancada socialista a abandonar a casa da democracia durante a discussão da proposta sobre a modificação orçamental.

Aliás, a discussão ainda nem começara quando o vereador Arraiolos, antes da apresentação da proposta 4, responde à declaração de voto de Armindo Batata ao ponto 3 – Consolidação das Contas, sobre a reserva do revisor oficial de contas a este documento por não ter sido realizada uma auditoria. Respondia o vereador sobre a não obrigatoriedade desta auditoria, quando o presidente da autarquia, Mário Pereira, resolve acrescentar que ” o que está em causa é como é que explica que se está a favor da estrada da Lagoalva, dos Gagos e se vota contra”. Remete o presidente para a votação do ponto 2 relativo aos investimentos previstos para os próximos meses. A votação deste ponto teve um voto contra do Muda, 4 abstenções do PS e 9 a favor ( um elemento do PS votou a favor) e uma das declarações de voto da bancada do PS (Abel Pedro) referiu que não se opõe a esta proposta mas falta investimento para a criação de emprego. Continuou Mário Pereira a referir que “era um insulto à inteligência das pessoas”.

Exaltados os ânimos, com argumentos de uma proposta já votada trazida para uma ordem de trabalhos final, o deputado Rosa do Céu abandonou a sessão por considerar que no local da democracia, tem de haver respeito pela opinião dos outros. “Esta é uma má interpretação da democracia e vou sair” – disse o deputado da bancada socialista.

Nem o cenário idílico do fim de tarde do Auditório da Casa dos Patudos salvou o desenrolar da sessão deste orgão máximo do poder local do regime democrático. Logo ao início da sessão, Armindo Batata, deputado do Muda, ameaçou abandonar o espaço e protestou contra a escolha de João Osório para substituir um elemento da mesa. Referiu o deputado que o presidente da Assembleia, Fernando Louro, não pode escolher mas deve a assembleia eleger os elementos em substituição. Os regulamentos só referem a necessidade de votação secreta em caso da maioria da mesa necessitar de substituição. Embora Armindo Batata não tenha ficado convencido, João Osório acabou por substituir o 2º secretário, por concordância das demais bancadas até porque tem sido sempre esta a prática usada.