Pedro Gaspar questiona credibilidade orçamental do Jardim Municipal

A oposição tem-se mostrado relutante quanto à renovação do Jardim Municipal no que diz respeito à futura aplicação, quanto a si excessiva, de betão, ao abate de árvores e ultimamente ao processo de seleção usado no concurso que elegeu a empresa para levar a cabo a requalificação do espaço público.

Enquanto o TPA se preocupa com as questões estéticas, a pegada ecológica, a diminuição de lugares de estacionamento e a suposta falta de acesso adaptado a pessoas com mobilidade reduzida, o vereador do PS, Pedro Gaspar, está incomodado com a empresa escolhida pelo executivo da CDU após o processo concursal. Pedro Gaspar classificou o facto de apenas uma, entre dezenas de empresas, ter aceite o orçamento de 313 mil euros para realizar o projeto de ampliação e requalificação do jardim como alarmante. “Eu nunca vi um concurso nacional desta envergadura ter apenas um concorrente. Já vi concursos de ajuste direto e procedimentos por convite terem apenas um concorrente mas num concurso público nunca vi. Isto traz-nos a questão de porquê só um concorrente em termos de crise. Todos os outros declararam que não tinham conseguido atingir o objetivo do preço base do concurso”. Para Pedro Gaspar, a CMA devia questionar-se sobre o que levou esta empresa a aceitar o orçamento do projeto quando nenhuma outra o fez e coloca a possibilidade de a obra poder ficar inacabada por se vir a revelar futuramente que a construtora não conseguiu – tal como todas as outras declararam em concurso ser impossível fazer – cingir-se às verbas disponibilizadas para a execução da amplificação e requalificação do jardim municipal.
O presidente desvalorizou as preocupações do vereador da oposição lembrando que foi no melhor interesse do município que a Câmara optou pela (única) empresa que oferece o serviço pretendido ao melhor preço.

Miraterra
A empresa scalabitana Miraterra – Obras Públicas Lda, sediada em Amiais de Cima – Abrã, foi fundada em 2003 pelo comendador Joaquim José Louro Pereira e tem classe de alvará 5, que lhe permite executar obras até um montante de 2.656.000€. Esta empresa é especializada em obras de construção tradicional com estrutura metálica e de urbanização e aponta o seu know-how (tradução livre – saber fazer) como um dos seus pontos fortes que permitem, segundo descrevem os próprios, “executar empreitadas com elevado grau de complexidade em prazos reduzidos sem nunca comprometer a qualidade final”.