A Câmara não recebeu até ao momento nenhum pedido para realização do espectáculo de música no Paul da Gouxa e se chegar algum pedido, a Câmara discutirá o assunto em reunião da câmara e está disponível para não autorizar a sua realização ou a encontrar locais alternativos” – foram as declarações do presidente da autarquia, Mário Pereira, na reunião de câmara do passado dia 17 de Outubro, ao ser questionado sobre o festival de música electrónica pela vereação socialista.
Tema muito discutido nas redes sociais, o Festival de Música Electrónica que se realizou na Pedreira do Paul da Gouxa em novembro de 2017, tem levantado muita polémica por se realizar num local de reserva natural.
Para Sónia Sanfona e António Moreira, vereadores da oposição, o local em causa é um património natural que, além de ter de ser preservado, é, por si só, gerador de economia. 160 espécies de aves, 8 espécies raras e ainda 11 espécies de peixes não podem ser postas em risco por causa deste Festival que durante cerca de 20 horas perturba a reserva e deixa o local maltratado – são os argumentos da oposição que desde o ano passado tem alertado para os efeitos negativos da realização deste espectáculo no Paul da Gouxa. Recorde-se que, no ano passado, o executivo já tinha referido que não concordava com a escolha daquele local para a realização do evento mas uma questão de “prazos legais” levou à autorização “automática” para a realização do evento.
Sem estudos elaborados que demonstrem as mais valias que este evento traz para o concelho, autarquia e oposição estão assim unidos na escolha de uma solução que permita, por um lado preservar património natural, e por outro, captar visitantes para o concelho através da realização destes eventos.
